sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A CENA FOTOGRAFADA #01

             
      A CENA FOTOGRAFADA:

Quadro que busca valorizar e divulgar o registro fotográfico como informação. Assim como trazer e compartilhar a magia das imagens capturadas, proporcionada pelo encontro das cores e das formas presentes no ambiente.
Data: 18/10/2014


 
 
 
 
 
Evento comemoração dos 5 anos da revista Rock Meeting.

Local: Praça Marcílio Dias, no Jaraguá, Maceió-AL
Atrações: Expose Your Hate (RN), Hate Embrace (PE), Autopse (AL) e Abismo (AL).
Bandas fotografadas: AUTOPSE E EXPOSE YOUR HATE.
Fotografia e Release: Décio Filho
Edição de Imagem: Danilo Cruz.
 

 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

#eventualcomenta


·         Vamos começar falando rapidamente do projeto chamado Callado, Eduardo Calado é o dono desse projeto ímpar, calado é ex membro da lendária banda Alagoana Stonegarden, também fez parte da banda Kaddish, cujo show pude ver no Festival Maionese de 2011, show inesquecível por sinal, Callado tem dois eps, o mais recente é o Friends, nostálgico como todo dreampop/shoegaze deve ser, o ep é um mergulho profundo em lembranças antigas e o desejo de novos encontros, são duas músicas que nos dá a dimensão do que vem por ai, Calado é sempre ativo nas redes sociais, um musico em constante produção, compositor de grandes canções um poeta contemporâneo, no site do músico você  encontra o dois eps: Friends e o The Three C Sessions para download gratuito; http://www.calladoproject.blogspot.com.br/ recomendo e digo mais, Calado é uma das grandes descobertas do nosso Indie Rock Nacional!
 
·         Vem de Alagoas a outra novidade que tenho para mostrar, Baztian é indie rock cru, sem piedade alguma com o ouvinte, é um grite de angustia nos dias que as lutas parecem ser difíceis de ganhar, é um sopro de alivio nos dias tensos, um power trio baixo, guitarra e bateria que te prende te entende e grita junto com você, com shows memoráveis eles te prendem a primeira audição, é surpreendente a forma em que abordam assuntos cotidianos, formada por Caíque, Rodolfo e Alcyr, Baztian é indie, grunge e post hardcore,  corre no site dos caras e confere o som; http://baztian.bandcamp.com/
 
·         Agora uma dica de bom filme rock n roll, tenho vários que eu poderia indicar, mas vamos começar por CBGB, filme que retrata a história do lendário clube de Nova Yorque que dominou a cena Punk Rock da cidade o seu dono Hilly Kristal, sedia espaço para banda como Television, Ramones, Iggy Pop e Lou Reed só para você ter noção do nível do lugar, o filme conta com os atores e músicos, destaco a atuação do Taylor Hawkins interpretando o Iggy, Joel Moore como Joey Ramone e Malin Akerman incorporando a Debbie Harry, é um filme que você não pode deixar passar, com uma dinâmica meio HQ, ele é bem humorado e aborda bem o que acontecia naquele período louco que foi a cena punk rock de Nova Yorque.

·         A próxima dica é de um aplicativo, já conhece o Spotify, essa plataforma de streaming de música não é diferente das demais que tem por ai, o diferencial é que foi a única que me atraiu, tanto relutei até que enfim passei a usar, existe os usuários gratuitos que tem de conviver com algumas propagandas de 30 segundos, e o premium, onde você paga uma mensalidade, pouco, mais paga. Gostei da plataforma pois sou de ficar garimpando sons novos, usando o programa para escutar as bandas que encontro ou quando quero escutar algum disco enquanto navego na web e não quero ter de pegar algum cd na prateleira ou ouvir coisas que gosto, mais não ao ponto de baixar o disco ou compra-lo. A biblioteca é vasta, são poucas as bandas que não encontrei nesse programa, acho muito valido ter uma plataforma assim, só acho bom ponderam e não ficar dependente dessa facilidade de ter o disco em mãos a qualquer momento e esquecer de comprar o disco físico.

·         Nos anos 2.000 existiu uma banda chamada Ludovic, a banda tinha influencias de Sonic Youth e Fellini, letras cantadas de forma angustiante, seu vocalista Jair Naves já demonstrava todo talento que viria reafirmar anos mais tarde, Ludovic é umas das mais emblemáticas bandas do underground brasileiro, são três discos; Ludovic, Servil e Idioma Morto. O segundo disco é um clássico para meus ouvidos, são versos agressivos e instrumentais cortantes que trazem à superfície a melancolia e o desespero humano, um disco que irá te asfixiar da primeira à última faixa, pos-punk, uma bela porta de entrada para os discos solo do Jair Naves.              



Por Jefferson Britto*

 

*[https://www.facebook.com/JeffersonBritoo] é um grande amigo que gentilmente vai disponibilizar suas impressões sonoras aos leitores do eventual blog sempre às sextas-feiras - e quando quiser!  
                                                                

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

RESENHA DE SEXTA #03# QUANTO VOCÊ PAGA PELA MÚSICA QUE OUVE?

 
 
Melhor dizendo, quanto você acha que deve pagar por ela?
Este é um assunto bastante em evidencia no mercado fonográfico, eu vivi a era do vinil, passei pela era das fitinhas k7 gravadas e regravadas dos cds que eu conseguia encontrar em minha cidade, não era fácil, devo dizer. Era complicado encontrar bons discos e pessoas dispostas a te emprestar algo de bom,  recebi diversas repostas negativas ao longo de minha juventude, moldar meu perfil musical não foi tarefa fácil, passei um período sem saber o que era comprar um disco ou cd, eram muito caros, eu não trabalhava e a ideia de minha mãe me dar dinheiro para simplesmente eu comprar um disco de rock, era um tanto absurdo na cabeça de minha mãe, ela tinha razão em partes, o dinheiro que tínhamos era para comprar o que comer e pagar as tantas contas que tínhamos!
Os anos passaram, comecei a trabalhar, então passei a ter livre acesso à internet, foi quando descobri o belo mundo de lojas virtuais, e até mesmo do malicioso download pirata de músicas, foi nesse período que passei a realmente ir fundo nesse mundo de riffs, acordes destorcidos e melodias. Descobri artistas desconhecidos até então, enfim, moldei meu caráter musical, passei a realmente escutar aquelas bandas legais que eu tanto lia em várias revistas que eu tinha.
De maneira alguma eu deixei de comprar discos, mesmo fazendo download de vários sons eu sempre juntava uma grana para comprar os cds das bandas que mais me importavam, assim veio o meus primeiros discos do The Cure, Radiohead, Placebo, Sonic Youth, Morrissey, The Smiths dentre tantos outros, eu gosto de colecionar cds e discos, acho importante essa resposta junto ao artista que você gosta. Também usei um pouco de esperteza, vendendo discos que eu encontrava em preço mais baixos e que eu não interesse de ter ou não gostava da banda, assim pude fazer um pouco de dinheiro não somente para comprar mais discos, mas também para custos próprios, assim passei boa parte de minha adolescência.
Nesse anos de compras, vendas e trocas de cds, pude notar que os preços nunca eram baratos, principalmente quando a procura do disco era alto, todos nós sabemos que a média de preço varia sempre entre 20 à 30 reais, com sorte você pode comprar discos por 10 reais, quando o disco é  duplo ou importado, já sabe que não sai por menos de 40 reais, por isso o mercado fonográfico sofreu e sofre constantemente baixa nas vendas de discos, fazendo com que os artistas procurem diversas formas de distribuição de seu material, as bandas independentes tem feito isso de maneira bastante eficiente, pois além de vender discos físicos também deixam em seus sites para download gratuito! Os cds hoje vem em alguns casos com capas em papelão e com belas artes em seus encartes além de letras e toda uma ficha completa do álbum, isso para mim é um atrativo a mais, é muito decepcionante compra um disco e ele vir apenas com uma folha em branco sem nenhuma informação do artista nem mesmo letras das músicas, os artistas estão cada vez mais atentos a isso e nos presenteando com verdadeiras obras de arte, vide os discos da Apanhador Só, Marcelo Camelo, u2, Cícero e Marcelo Jeneci são exemplos de belos encartes que já pude ver.
Então com todo esse furacão passando pelo mercado musical inúmeros músicos tentar inovar na maneira de lançar seus álbuns, Thom Yorke vocalista e guitarrista da Radiohead é um dos que mais surpreende do que diz respeito à essa nova forma de vender música, a primeira surpresa que tivemos foi quando ele no site oficial da banda disponibilizou o álbum In Rainbows perguntando ao fã quanto ele achava que valia aquele cd isso causou um tremendo espanto e repercussão por parte da mídia, como se não fosse o bastante recentemente o Thom lança seu segundo disco solo atrás do download via torrent de forma paga, sendo assim o primeiro torrent pago da história da internet algo genial, também não se esperava menos por parte de um génio do  nível do Thom.
Em outro caso também recente, o U2 lançou primeiramente seu novo disco via aplicativo apple, o disco vinha de graça no itunes, então todos que compraram o novo Iphone da Apple ganhava de brinde o disco do U2, é preciso lembrar que eles são uma banda genial, tem uma discografia impecável, com discos que são verdadeiros clássico do rock mundial, só que infelizmente eles não contavam com uma coisa, a internet não perdoa ninguém, tão logo os usuários do Iphone viram o disco do U2 no Itunes, começou a piadas na internet, muitos perguntando quem era o U2 e o que aquele disco estava fazendo em seus celulares. A repercussão foi tanta que a Apple lançou um outro aplicativo para que o usuário pudesse deletar o disco de seu celular.
Hoje eu admiro essas bandas que tem esse contato direto com seus fãs, acabam tendo um contato maior com seu público e pode assim melhorar ainda mais o trabalho que fazem, lugar de artista é ao lado de seus fãs e não pode haver esse distanciamento, pois ele nada seria sem a presença daquele que consome seu material, acho que devemos sim comprar os discos ir nos shows, desde que seja num preço justo!
Situações assim nos mostra a história sendo construída, música é movimento e se você ficar parado ela te leva e você vê, e eu te pergunto: Quanto você paga pela música que ouve? Quanto você acha que deve pagar por ela?
 
Por Jefferson Britto*
Foto: Jefferson Brito e Adriana Belarmino
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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

RESENHA DE SEXTA #02# DEAN WAREHAM


"Vamos falar em Dean Wareham? 
 

Dean é um guitarrista e vocalista que além de sua carreira solo, já foi o principal membro de três inesquecíveis bandas do final dos anos 80 e meados de 90, são as bandas Galaxie 500, Luna e Dean and Britta; Fazendo um Dream Pop, Slowcore, Indie Pop e Indie Rock, Dean é dono de linhas de guitarra simples, mas com belíssimos solos de guitarras que parecem um sonho acordado, a voz de uma geração perdida no meio de tantos grandes nomes que surgiram nessa mesma época.

Galaxie 500 é facilmente encontrada em trilhas sonoras de bons filmes, as vezes vocês escutaram e nem percebeu, ficou com a canção na mente, só que acabou não se dando conta de que deveria ir buscar mais sobre esse som novo que encontrou. 

Foram três discos lançados e uma marca permanente no estilo shoegazing, assim como bons artistas foram pouco reconhecidos no seu período de atividade, a banda incrivelmente influenciou toda a geração seguinte, todos que arriscaram fazer o ruidoso shoegaze dos anos 90, eu posso destacar músicas como Tugboat, Strange, Blue Thender e When Will You Come Home, Galaxie 500 é daquelas bandas que você de certo irá se perguntar o porquê de não ter conhecido antes.
 
 Com o fim da Galaxie o Dean juntou as afinidades sonoras com o Stanley Demeski ex membro da The Feelies e formaram da Luna, com o som mais limpo e as guitarras mais claras eles mergulharam de vez no Indie Pop e o Dream Pop, Luna é a primeira banda do Dean que conheci, o disco que foi a porta de entrada para o mundo sonoro do Dean foi o Rendezvouz, Malibu Love Nest foi executada em meu som por horas absurdas, com sete álbuns e várias compilações lançadas é talvez o projeto mais longo do Dean, também era membro da Luna a bela  vocalista e baixista Britta Phillips, que mais tarde veio a lançar juntos como Dean and Britta.

Já com a Dean and Britta as canções indie pop ficam ainda mais fofas, juntam os vocais angelicais da Britta e a estranha voz do Wareham, lançam três álbuns, discos melodiosos mais experimentais, usando alguns efeitos sonoros, violinos e violoncelos tomam conta do som da banda!

Então depois de anos lançando eps e demos solo finalmente o Dean faz um álbum inteiramente sozinho, é uma obra incrível, é um Dean maduro, mostrando que está em forma e pode alçar voos ainda mais altos, o disco tem a mesma linha de suas bandas anteriores, só que você pode perceber que é simplesmente ele sendo ele mesmo!

É um daqueles álbuns para ouvir por horas absurdas e um artista que não podemos deixar passar desapercebido."
 
Por Jefferson Britto*
Fotos: www.deanwareham.com
*[https://www.facebook.com/JeffersonBritoo] é um grande amigo que gentilmente vai disponibilizar suas impressões sonoras aos leitores do eventual blog sempre às sextas-feiras.